- Vai ficar quieta, mesmo?
- Não compensa falar. Não vai adiantar nada.
- Sério isso? O cara te ofende, fala um monte de merda pra você e...de boa?!
- Um dia ele vai ter o que merece.
- E quem vai dar pra ele o que ele merece? deus? O universo? Sério que você vai esperar a sorte revidar pra você? Você vai esperar a aleatoriedade mostrar praquele CUZÃO que ele tá errado?!
- Não quero arrumar treta...
- Não é arrumar treta. Você tem que mostrar pra ele o lugar dele. Ele tá achando o quê?
- Você não entende, Roberta.
- Não mesmo, amiga. Mas tô vendo a situação do lado de fora, e, no momento, não tô gostando do que tô vendo. E, sinceramente, não quero ver amiga minha, na pior das hipóteses, morta pelas mãos de um arrombado que não sabe tratar bem nem mesmo a mãe dele, eu garanto.
- Pior que com a mãe ele parece ser menos agressivo.
- Ah, então a parada é do portão de casa pra fora?! É o trampo dele ser cuzão com mulher?! Quer saber...vou falar agora com esse cara.
- Não, Roberta. Por favor.
- Por que não? Vamos nós duas lá. Bora, Ana!
- Não, por favor...
Ana começa a chorar.
- Você tá com medo de que? Esse pode ser o fim do seu relacionamento, amiga, mas vai ser melhor assim. Confia.
- Não acho que nosso "relacionamento"...vai acabar assim.
- Ué...e por quê?
- Tô grávida.
- Tá de brincadeira...
- Pior que não. Recebi o resultado do teste ontem. De 3 meses.
Roberta abaixa a cabeça. E fica em silêncio.
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